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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

The rain again

“Todo aquele grande coração, deitado quieto, morrendo lentamente.
Todo aquele grande coração, deitado quieto, nas asas de um anjo.”

Todo aquele grande coração está morrendo lentamente. E está morrendo sob as asas do anjo que voa para longe. O anjo para o qual eu o dediquei. O anjo que se escondeu atrás de tua imponência.
Havia apenas uma coisa que era importante, a mais grandiosa e mais bela. Este anjo que eu vi, este que sorriu para mim, ele tentou sair. Ele tentou sair através de suas lágrimas. Eu sei, é difícil ser forte. Foram poucas as vezes que o pude tocar, foram poucas as vezes que o ouvi falar. Tentando ser forte prendeste-o dentro de ti, sem ver que a maior força ele te daria se o deixasses sair.
Te afundes o mais longe que, perdida, quiseres ir. Um dia terás de libertar o anjo que há dentro de ti. Um dia, como outra sombra ou talvez a mesma, eu estarei lá para ajuda-lo a sair.

Ainda escuto aquela voz ressoando no ar: Obrigada por, do que realmente importa, sempre lembrar.

Manoela Brum