Há tempos tenho tido vontade de falar sobre a juventude,
este que parece ser o mais belo período da vida. Desacreditado pelos adultos,
cobiçado pelas crianças e, muitas vezes, admirados pelos velhos. Mas cadê a inspiração? Ela vem apenas em
alguns momentos e sobre suas específicas situações. Talvez o jeito fosse
escrever então a cada momento desses.
Mas não, não gosto de coisas particionadas. Assim como a sabedoria, a opinião
também só pode ser formada depois de muitas experiências, e um texto, edificado
como resultado do pensar sobre essas experiências.
Assim como uma opinião está em constante edificação, através
dos tempos e experiências vividas, o texto também pode estar em constante
modificação, justamente por ser resultado de uma opinião. Como não sermos uma
metamorfose ambulante se sempre temos o que aprender e o próprio aprender muda
constantemente? Isso é a juventude. Juventude não é um rostinho liso. Juventude
é uma filosofia de vida. Juventude é o
constante variável. Juventude é o colocar a mão, levar um choque e colocar a
mão de novo para ver se acontece de novo, e de novo, e de novo, e de novo.
Velhice é não colocar mais a mão para não levar mais o choque. Juventude é
fazer. Se errar, fazer de novo, agora, com conhecimento e racionalidade. Não
fazer mais é velhice. No cotidiano, juventude é estudar, é o prazer em
aprender. Esse é o verdadeiro jovem. Quem está ansioso para se formar com o
intuito de não mais precisar aprender não é jovem, é velho. Juventude é não se
contentar. Isso! Não se contentar com o mundo e se pôr então, em movimento, é
juventude. Não se contentar com o mundo e se por então, em repouso ou oratória apenas,
é velhice. Assim, a juventude não está
em todos os jovens, como a velhice não está em todos os velhos. A juventude é
muito mais um fator interno, do que externo. Entretanto, o interior sempre se
exterioriza. Se você quer continuar sendo jovem não deixe de querer aprender.
Quando já tiver tudo o que quer, busque algo novo a querer. Sinta a satisfação
de se sentir insatisfeito. E como Einstein falou: “A vida é como andar de
bicicleta, para se estar em equilíbrio, é preciso estar em movimento”, no
momento em que a inércia chegar, a juventude se foi.
Quando, como neste texto teu, deparo-me com a perfeição, não sei como ou o que comentar. Apenas leio, releio, emociono-me e, em silêncio, mentalmente aplaudo.
ResponderExcluirGK
A tua opinião, para mim, vale muito! Obrigada! :)
ExcluirIgualmente para mim a tua!
ExcluirGK
Manoela, achei super de bom gosto os textos daqui. Leitura supér prazerosa. ;)
ResponderExcluirMuito obrigada! Fico feliz que tenha gostado! :)
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