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sábado, 17 de novembro de 2012

Ele, William Wallace

“A história que lhes contarei agora, os ingleses dirão que é mentira”.

Um menino que viu um celeiro cheio de homens, mulheres e crianças enforcados, pelo domínio inglês. Que viu seu pai e seu irmão mortos, pelo domínio inglês. Que, já homem e educado por tios sacerdotes, viu sua esposa morta, pelo domínio inglês. Que vingou a morte da esposa e percebeu que nada se consegue sem liberdade, que nada se consegue sem liberdade. Que lutou por liberdade. Que usou de sua inteligência, de sua força e de seu amor para lutar por liberdade. Que recrutou milhares de homens, não porque se não lutassem por ele, lhes expulsariam das terras e suas viúvas e filhos morreriam de fome como faziam os nobres, mas porque Ele lutava por algo que há tempos não tinham: Liberdade. Mas a avareza, ah a avareza. O suborno, ah o suborno. A Inglaterra subornou os avaros e corruptíveis nobres escoceses – que não mereciam essa definição: escocês, pois o verdadeiro povo escocês nunca foi corrupto – lhes dando terras e ouro... Para quê? Para que não se unissem ao William Wallace. Por quê? Porque se o povo escocês se unisse não haveria mais domínio inglês. Mas os ingleses não eram capazes de lutar contra Ele e necessitavam de subsídios odiosos e sutis para conseguirem algo que não lhes pertencia: a vitória. A vitória estava e sempre esteve com William Wallace, os ingleses a tentaram, mas apenas adiaram o inevitável. 

E quando, depois da mártir morte de William Wallace, sua cabeça exposta na ponte de Londres e seus pedaços enviados aos quatro cantos da Grã-Bretanha como advertência não obtiveram o resultado esperado por Edward Longshanks (rei da Inglaterra), Robert Bruce (um nobre escocês) cavalgou para prestar reverência aos exércitos do Rei Inglês e aceitar o endosso à sua coroa. Depois de sentir, de lembrar o valor da liberdade que enxergou nos olhos de William Wallace, de acreditar como sempre quisera acreditar como Ele acreditara, tímida, mas valentemente, exclamou aos bravos cavaleiros que sangraram com William Wallace que, agora, então, sangrassem com ele. E assim, quando a espada da liberdade carregada por um dos fiéis companheiros de William Wallace voou aos céus, a alma Dele certamente voou com ela e ao perfurar o chão com a lâmina da guerra que precedia a paz, “no ano de 1314, os patriotas da Escócia famintos e em número menor, atacaram os campos de Bannockburn. Lutaram como poetas da guerra, lutaram como escoceses, e conseguiram sua liberdade”.




Esse é o povo escocês, essa é a Escócia que, apesar de tudo, venceu.
 

Inspirado no Filme Braveheart, dirigido e estrelado por Mel Gibson.
Manoela Brum

Um comentário:

  1. As maiores e mais importantes verdades da história quase nunca são oficialmente reconhecidas.
    GK

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